Foto: Gabriel Haesbaert (Diário) e Amanda Xavier (Divulgação)
A enfermeira Noeli Landerdahl (à dir.) mostrou ao seu Nestor como higienizar de forma correta as mãos na hora de lavá-las
Levar atendimento de saúde e humanização para crianças e idosos que vivem em lares e abrigos em todo o país. Essa era a ideia da terceira edição da ação Ebserh Solidária, realizada ontem em 32 cidades do Brasil que possuem hospitais administrados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Por aqui, cerca de 45 profissionais do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) foram até o Lar de Mirian e o asilo Vila Itagiba para oferecer serviços de saúde e orientações médico-hospitalares.
Cerca de 80 crianças e 70 idosos dos lares receberam a visita de psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, médicos, fonoaudiólogos, educadores físicos, enfermeiros, fisioterapeutas, odontólogos e terapeutas ocupacionais. Pela manhã, o ônibus que transportou a equipe do hospital foi até o Lar de Mirian, na Avenida Maurício Sirotsky Sobrinho, no Bairro Patronato, para atender as crianças abrigadas e que fazem parte dos projetos sociais desenvolvidos no local.
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À tarde, foi a vez dos idosos do Vila Itagiba, na Rua Passo dos Weber, no Bairro Chácara das Flores, receberem o mutirão. Teve dança, brincadeiras, orientações de alimentação e higienização, roda de conversa com as psicólogas e até cantoria, proporcionada pelos vovôs que participaram da ação.
- Hoje é mais uma atividade de acolhimento, de inserção do hospital através de ações solidárias na comunidade. Pedimos para o Conselho do Idoso nos indicar uma instituição e, a partir da indicação, nós visitamos o asilo para ver o perfil dos idosos que aqui moram e trabalhar o planejamento das atividades em educação em saúde. São avaliações e orientações de prevenções de acordo com a demanda desse público mesmo - explica Soeli Guerra, gerente de atenção à saúde do Husm.
ATIVIDADES
Os profissionais se dividiram em estações, que abordaram assuntos que vão desde a lavagem correta das mãos, até o ensinamento de técnicas de acompanhamento e retirada adequada do leito (no caso de enfermos acamados e com dificuldade de locomoção). Tudo conforme as limitações que cada idoso apresenta. Além disso, os cuidadores que trabalham no lar também receberam orientações dos profissionais.
- A gente trabalha muito com a prevenção de quedas, de úlceras por pressão, de situações que acabam limitando o idoso. Se ele sofre uma queda, pode ter uma fratura e um conjunto de complicações que, às vezes, não tem mais como reverter na condição clínica e idade avançada - destacou Soeli.
O seu Nestor Ribeiro da Cruz, 71 anos, foi um dos primeiros a procurar a estação da higienização de mãos. Ao colocar os braços dentro da caixa da verdade, era possível ver se a pessoa fez ou não a limpeza adequada (ao esfregar as mãos com álcool e luminol, a luz negra da caixa mostrava os pontos que não foram limpos).
- A gente sempre está aprendendo, né? É perigoso ficar com bactérias na mão - comentou o idoso, que há seis anos mora no lar e ajuda na lavanderia.